(Eles chegaram em naus voadoras, atracaram no mesmo
litoral que os nossos patrícios portugueses no ano de 1.500 e nos colonizaram
novamente)
Foi então que homens altos, brancos e loiros avistaram as
terras de Santa Cruz de Cabrália, no Sul da Bahia. De longe o timoneiro alemão Joachim
Löw gritou: “Tetra” à vista! Era a senha para o início da missão. Logo desembarcaram
e apreciaram alguns índios que ainda habitam essa terra chamada Brasil. Mas
dessa vez não os fizeram escravos, mas fãs, não ofereceram espelhinhos para
conquistá-los, ofereceram simpatia, atenção e calor humano. Algo impensável, se
provindo daquele povo que até então era tido como frio e sisudo pelo resto do mundo.
Mas os desbravadores alemães já haviam avistado a nossa
terra muito antes de saberem que aconteceria uma Copa do Mundo por aqui, mais
precisamente lá pelo ano de 2006. De forma inteligente e organizada eles planejaram
toda a rota com antecedência, prepararam-se, modernizaram-se, estudaram cada
detalhe dessa longa viagem. Construíram até mesmo uma base própria, a mais
moderna de todas. E olha que não usaram sequer um tronco daquele tal de Pau
Brasil que por algum motivo desapareceu do nosso mapa. Eles montaram a estrutura
ideal para o objetivo que haviam traçado.
Durante o tempo que estiveram por essas terras eles
também brincaram com os nativos, visitaram casas de pau a pique, creches
sustentadas sabe-se lá como, dançaram a dança da chuva, do lepo lepo e de
tantas outras coisas. Mas eles viciaram mesmo foi na tal dança da vitória. Sete
partidas disputaram e conforme avançavam com carisma e bom futebol foram
formando as capitanias hereditárias. Os donatários Klose, Neuer e Schweinsteiger
até que conseguiram um bom pedaço de terra, mas foi o reserva Podolski (#Poldi nas mídias sociais) quem ficou com uma nação inteira de flamenguistas e se tornou o mais
brasileiro dos alemães.
Até que, em um jogo ocorrido nas terras de Minas Gerais eles
humilharam o nosso povo. Sete tiros de canhão foram disparados cujo o som ainda
ecoa até hoje. Mas logo após a partida, diante das lágrimas de nossos índios,
cafuzos, confusos e mamelucos, eles fizeram questão de dizer que o Brasil é o
país do futebol e que merece respeito acima de tudo. Mais um gesto de carinho
desses navegadores tão predestinados.
Restava apenas o sétimo e último passo para o objetivo
final. E os desbravadores alemães colocaram para correr os invasores argentinos
que queriam levar não só o nosso ouro, mas o nosso brilho, enquanto cantavam uma
musiquinha irritante. Foi com um tiro de Götze à queima roupa que a Seleção
Alemã de Futebol venceu nossos hermanos
e se tornou tetracampeã mundial.
Depois da conquista eles retornaram para a sua terra levando
a bordo um pedaço do nosso ouro em forma de taça. Mas por um motivo qualquer nós
não conseguimos odiá-los, mas sim admirá-los. Talvez seja porque o legado que essa nova
Alemanha nos deixou vai muito além do físico, do tangível. Eles fincaram a sua
bandeira na nossa pátria, agora sem chuteiras, para nos mostrar que temos que mudar quase tudo por aqui... Para que um dia não sejamos lembrados apenas como uma
parte longínqua da história do futebol, mas como os melhores do mundo novamente.
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Ainda temos muito o que aprender com os Alemães. temos a ginga, a malandragem, mas nao temos sabedoria deles. PARABÈNS PELA CRONICA MINEIRINHO! Raul
ResponderExcluirNão se leva tudo na base do Tóis né! Obrigado Raul.
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